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domingo, 23 de dezembro de 2012

Palavras e passos


No silêncio, as palavras brotam como gama cinza. Uma após uma, nascendo sem sentido, crescendo sem rumo, morrendo sem história. Sem flor, sem cor, sem vida, vão-se todas as raízes: esmorecem ao sol escaldante da ignorância. São como as ondas do mar, que crescem, quebram e partem, daqui para nunca mais. Cansam o próprio tempo, perdem a razão. Já se foram os momentos, já se foram os sorrisos, já se foram os sonhos. Fica o silêncio.

Mas mesmo nessa confusão de sons que envolve o silêncio, vez ou outra, na estação certa, sopra uma brisa úmida de esperança e raios do sol se inclinam despertando a vida. E as palavras que antes não tinham propósito agora tem um novo vigor e servem de alimento, formam tramas que se estendem por dimensões, antes, inalcançáveis, aprofundam-se as raízes que bebem águas fora das fontes do tempo. Nasce a poesia.



Pedro Lança Gomes, Pedro Augusto Guarani Kaiowá.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Os arredores do tempo

Um sorriso amarelo, talvez, mas já é algo! - Olhar para trás as vezes dói, mas seguir sem olhar para frente é não ter perspectiva. Sonho ou pesadelo, é melhor que não dormir!
Ter o que dizer dá nome aos bois, mas não cuida do rebanho!
Compreender não é racionalizar: é abstrair, separar, e não compreender!
Que mais? Quanto mais?
O começo é algo friável! O fim, sim, é definitivo... apesar de não ter definição!

O "porque" do amor não é junto nem separado...



Pedro Lança Gomes.