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domingo, 25 de agosto de 2013

Ao deitar-se


É, pequena, foi-se o toque!
Pensou-se ser o enfoque
Das mãos que debandavam por ali.

O norte que buscava dividir,
Chegou-se aos sonhos ao sorrir:
Um suspiro breve, três cochichos...

Entre olhos e arrepios, lábios cheios.
Sentem-se só os seios sem o afago de um beijo.
Caminhos soltos, esses, perdidos em dois céus!

Adapte-me ao teu douillette meus vœux,
Que a língua já não fala por si.
Perdeu-se...!

E em toda lua, em toda noite nua,
Escorrem nos lençóis os pés trocados,
Ouve-se as brisas, que escoam tenras

É o calor que invade os ventres teus,
O mesmo que o amor enterra aos prantos meus
Bem fundo, no peito aconchegado de insossegos,
Na mente encerrada de desejos,
A voz infundada de prazer...

E o toque... Ah, o toque!
Esse é sincero como a flor,
Que nasce em esmero e sem pudor,
No jardim insaciável do meu coração!



Pedro Lança Gomes

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