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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Diário da Fé

Acordei e, de repente… Lembro-me de alguns sonhos, alguns papéis, algumas lágrimas e só! O mundo é outro e eu o mesmo mundinho de sempre. Sabe, se eu fosse escrever minha vida algum dia, teria poucas páginas: primeiro porque não me lembro de muita coisa, segundo porque me importo com pouco do que lembro. Mas, vez ou outra, talvez uma história valha a pena contar.


Capitulo 1 – Tempo

Sou rocha, e minhas palavras ondas do mar. Algo de alguám perdido nas próprias memórias.

Eram cinco horas da manhã e as coisas voavam aleatórias por entre os dedos. As nuvens dançavam os olhos que faziam círculos no infinito do céu da boca do estômago… E nunca entendi por que raios acordei com as mãos babadas e o queixo dolorido, feito uma criança que tenta engolir a propria cabeça! Sem despertador ou luz, e nenhuma vontade de pedir mais cinco minutos! Os sonhos perdem o significado quando estão sendo realizados.

Era uma madrugada monótona de junho. Não havia nada que a fizesse parecer mais especial. Porém, a garoa era lenta, o vento era triste e o céu, saudoso. Nao é o mundo que muda, somo nós. Era momento de falar o minimo e fazer tudo o que não faria sentido mais tarde! Muito carinho e cuidado, poucas lágrimas, tanto adeus, tanto… que não tinha mais despedidas. 

A força contrária à distância é a esperança, o que alimenta a alma é a fé e o que sustenta os passos é o amor. O maior desses continua sendo o amor. Repetir mentiras para que todos também mintam para si e algo confortante, mas hora ou outra a verdade vem à tona. Dormi, acordei, dormi, sonhei que acordei, e acordei dormindo. Fora tão pouco tempo… parecia só mais um sonho.




Pedro Lança Gomes

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