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domingo, 6 de abril de 2014

Soneto da piedade

Logo ele, vida,
Que passou da idade de sonhar,
Que não conta mais as estrelas,
Que perdeu para as ondas do mar.

Logo ele, miserável,
Que abafou os cantos da alma,
Que esconde as cores dos olhos,
Que esqueceu o sabor das favas.

Logo um ser anacrônico,
Logo ser um atônito,
Torna-se então revoltado!

Habituou-se às duras mazelas,
Deixando de lado a dor.
Coitado, jamais esperava ele pelo amor...



Pedro Lança Gomes

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